quarta-feira, 2 de março de 2011

TINHA NA CANTINA DA SUA ESCOLA......






.Vem acontecendo no Museu Paulista da USP, mais conhecido como Museu do Ipiranga, em São Paulo, a exposição ''PAPEL DE BALA''
São mais de 200 rótulos e embalagens de balas, bombons, pirulitos, chicletes e sorvetes fabricados no Brasil – sendo o mais antigo de 1940. Manja aqueles doces que vendiam na cantina da escola, no pipoqueiro da saída ou na bombonière dos cinemas? Ou ainda… pra quem lembrar… a granel nas Lojas Americanas.

1. Drops Dulcora Misto e Doçura, clássicos em qualquer sessão de cinema. Sempre tinha uma cor ruim, que ninguém queria
2. Balas Delicado e Jujuba da Kibon – nem me lembrava mais que um dia a Kibon chegou a fabricar balas. Na primeira, o desenho era de um palhaço e na outra de um leão. O logotipo da Kibon era aquele azul-marinho, de losangos
3. Caramelos Sugus da Suchard – eu era viciada na de abacaxi. Fica a dica que na Argentina eles ainda fabricam. Lá, a Suchard virou Kraft e você encontra a bala em qualquer kioske.
4. Bigbol chiclé de bola – que fofo chamar de chiclé!
5. E na linha chiclete ainda tinha… Dentyne, Ploc, Ping Pong, Plets e Balão Mágico da Bolet. O meu predileto Ping Pon de Tuti Fruit
6. Menção honrosa para a embalagem fantástica do Chicletes Mini, da Adams, aquela com a boca transparente
7. Pirapito Sing’s – um pirulito que o palito virava um apito! Acho que essa marca Sing’s nem existe mais
8. Frumelo de framboesa da Lacta – embalagem da bala avulsa, branca e rosa, embalagem meio pré-histórica
9. As tradicionais Balas Chita (ainda existem)
10. Balas da marca Mirabel (senti falta do Lanchinho Mirabel, que era um waffer, eu comia no recreio da escola
11. Bala Toffee de chocolate da Líder – esse sabor toffee era bom demais, vários fabricantes tinham bala assim. Alguém ainda faz isso hoje em dia?boa demai, mas grudava no céu da boca
12. As 1as embalagens de chocolates como Bis, Galak (com a etiqueta de preço de $1500, seja lá qual era a moeda era na época), Laka e Diamante Negro – detalhe que essas embalagens eram de papel metalizado (e não plástico). Lembro direitinho como eram fechadas, com pingos de cola. E ainda… uma caixa de papel grosso do chocolate Diplomata da Nestlé, quando era em formato triangular tipo o Toblerone.
13. A embalagem antiga da Língua de gato da Kopenhagen, caixa preta com o gato branco de língua pra fora. Continua muito parecida.
14. Embalagem de papel (!!!) de sorvete de limão Yopa (pré-Nestlé, quando era escrito em amarelo e os furos das letras eram estrelinhas)
15. E a melhor lembrança….. Sorvete de Caixinha da Mônica e do Cebolinha, da Kibon. As embalagens eram colecionáveis, em 24 modelos, para montar a cidade da Mônica. Na frente, tinha um desenho dos personagens na janela de casa, tomando sorvete. No verso, era algum dos prédios que compunham a cidade. A que estava nesta exposição, era a casinha do Banco Nacional. Merchandising já existia nos anos 80!
16. Os tradicionais (e polêmicos) cigarrinhos de chocolate da Pan. Da mesma marca, moedas de chocolate, com uma pintura clássica de um pirata em fundo amarelo.
17. Uma caixa tetrapack do achocolatado Longuinho (“um produto Paulista”), o precursor do Toddynho.
18. A embalagem prateada do Dadinho da Dizioli, que depois foi imortalizada como nome de personagem no cinema
19. A embalagem prateada do Dadinho da Dizioli, que depois foi imortalizada como nome de personagem no cinema
20. Alguns bombons Garoto, quando a embalagem era de plástico transparente estampado e alumínio só na parte do meio, para proteger o chocolate

Delícia né.....

Todos os rótulos estão expostos em um cantinho do museu, logo na entrada. É praticamente um corredor, bem estreito. São só 6 vitrines, sendo que 2 são grandes, 1 média e 3 pequenas. Algumas das embalagens foram ampliadas em cartazes e enfeitam as paredes. E é só. Já aviso porque é uma exposição bem pequenininha e simples. Tinha potencial para bem mais. O que se vê lá não chega a 5% do total da coleção original de Egydio Colombo Filho. A coleção completa tem 5266 rótulos nacionais e estrangeiros e foram doados ao museu em 2003. Bem que podiam liberar mais alguns ou fazer a exposição “Papel de Bala, parte 2″ ou, melhor ainda, transformar o material em um livro.
Senti falta também de mais textos para ler e de uma disposição melhor, que permitisse olhar as coisas em detalhes. Tenho mania de ler rótulos e fiquei muito curiosa para ver a lista de ingredientes de tudo que estava lá. Principalmente para saber se as balas sempre foram artificiais ou se naquela época os fabricantes ainda colocavam algo do ingrediente real na fórmula – tipo usar morango na bala de morango.
Mesmo assim recomendo a exposição. Adorei a sensação de relembrar alguns daqueles rótulos completamente esquecidos e prestar atenção no design e nas ilustrações. Naquela época não existia Photoshop nem fonte Comic San Serif, os desenhos eram feitos na mão e o layout era montado com estilete e cola.

A exposição fica aberta até 20 de março, para quem puder, aproveitem o recesso do Carnaval. Vale a pena ligar antes para se informar de horários de abertura no feriado.

Mostra “Papel de Bala” Período: 20 Janeiro a 20 de março de 2011
Museu Paulista da USP
Parque da Independência, s/n
Visitação: terça a domingo, das 9 às 17 horas
Ingressos: R$6,00 – estudantes R$3,00
Matéria publicada pelo site www.superziper.com
Imagens pela Bing

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