sábado, 12 de maio de 2012

História: MENGELE, O ANJO DA MORTE ´Cândido Gódói, experiência de Mengele?

experimentos bizarros

O médico Josef Mengele, cuja missão no regime de Adolf Hitler era criar uma raça superior, teria chegado a Cândido Godói em 1963, onde se ofereceu para tratar de gestantes e lhes dar drogas experimentais. Depois de sua chegada, segundo o livro de um historiador argentino, a média de nascimento de gêmeos é de um a cada cinco partos – quase todos loiros e de olhos azuis.

O regime nazista de Adolf Hitler tinha como uma de suas maiores ambições criar uma raça "pura", ariana, para se tornar predominante na Alemanha. Essa missão foi confiada ao médico Josef Mengele, conhecido como Anjo da Morte por escolher quais presos em campos de concentração seriam executados ou serviriam de cobaias para seus estudos. Até hoje, não se tinha conhecimento de que alguma de suas experiências genéticas tivesse sido levada até o fim. Mas o caso de Cândido Godói, no Rio Grande do Sul, por onde ele passou nos anos 1960, pode mudar essa história. No livro Mengele, o Anjo da Morte na América do Sul, o historiador argentino Jorge Camarasa diz que o médico alemão é o responsável pela alta incidência de gêmeos no pequeno município gaúcho – uma ocorrência a cada cinco partos. Na maioria dos casos, as crianças nascem loiras e de olhos azuis, modelo considerado ideal por Hitler.

Por muitos anos, pesquisadores tentaram entender por que Cândido Godói, de apenas 6,6 mil habitantes, registra uma taxa de nascimento de gêmeos tão elevada – a incidência normal é de uma gestação a cada 80. Camarasa diz que o primeiro casal de gêmeos da cidade nasceu em 1963, justamente o ano dos primeiros relatos da passagem de Mengele por aquela região.


O médico fugiu da Alemanha logo após a Segunda Guerra Mundial e passou a viver clandestinamente na América do Sul. Depois de viver em uma colônia alemã no Paraguai, passou a fazer viagens constantes a Cândido Godói, também uma comunidade fundada por descendentes de alemães, perto da fronteira com a Argentina. "Há testemunhas de que ele fez o tratamento de algumas grávidas, acompanhou as gestações e deu a elas novos tipos de drogas", diz o historiador.


No começo, ele se apresentou na cidade como veterinário e até fez alguns experimentos de inseminação artificial em vacas, mas depois tornou-se uma espécie de médico rural. "Todo mundo se lembra de que ele costumava tirar sangue das pacientes e guardar amostras’, afirma Anencir Flores da Silva, médico e ex-prefeito de Cândido Godói que se dedicou a investigar a passagem de Mengele pela cidade. O agricultor Aloísio Finkler diz que se lembra das visitas do médico. "Ele parecia ser um homem culto e digno". Mengele morreu no Brasil, em 1979, sem ter sido julgado por seus crimes cometidos durante o nazismo. Porém em 1985 seus ossos foram exumados no cemitério de Rosário, na cidade de Embu das Artes, na grande São Paulo. A perícia, conduzida por especialistas do IML e da UNICAMP, determinou que a ossada era do médico nazista: um defeito dental que tinha nos dentes superiores frontais (diastêma) foi comprovado, além de coincidir em idade e estatura. Em 1992, uma análise de DNA confirmou finalmente a sua identidade.

Os restos mortais, depois da pesquisa e reconstituição, foram cremados e as cinzas ficaram em custódia no Brasil.

O vídeo abaixo produzido pela Hystory Channel, , mostra a trajetória de Mengele.

Mengele, O anjo da Morte


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